Desastres ecológicos e a saúde: plêiade de ampla magnitude e baixa percepção

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DOI:

https://doi.org/10.33148/cetropicov45n2(2021)art2

Resumo

Desastres são eventos de alto impacto de origens distintas e determinados no tempo e no espaço. Nos últimos anos, os desastres vêm aumentando em frequência e intensidade em razão das alterações climáticas, desmatamentos, urbanização, adensamento populacional, ocupação irregular do solo, entre outros fatores, resultando em mortes e em prejuízos financeiros. Os desastres ambientais integram e acumulam diversas classes de desastres, o que eleva a complexidade de sua gestão. Os desastres ecológicos retroalimentam e magnificam desastres ambientais e podem levar ao rompimento da capacidade de manutenção dos ciclos biológicos vitais, ao colapso dos serviços ambientais com severas implicações no estresse fisiológico dos indivíduos e comunidades, não só humana, e à perda da biodiversidade. O potencial dos desastres ecológicos de provocar ameaças de magnitude incalculável e não previsíveis, como as pandemias, aumentam a vulnerabilidade de países, populações e pessoas mais pobres. Tratar a emergência de zoonoses como consequência de desastres ecológicos possibilitaria fortalecer a integração entre ferramentas tecnológicas, como o Sistema de Informação em Saúde Silvestre – SISS-Geo (Fiocruz), ações da gestão de desastres e a vigilância em saúde com o monitoramento da biodiversidade. Além do mais, ações conjuntas, integradas e participativas são oportunas para o avanço na percepção e conscientização dos riscos destas emergências nas sociedades, empresas e especialmente nos governos.

Palavras-chave: Zoonoses. Emergência de doenças. Colapso ecológico. Patógenos. Biodiversidade.

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Biografia do Autor

Marcia Chame, Fiocruz

DSc. em Zoologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Coordenadora da Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ

Luciana Sianto, Fiocruz

DSc. em Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz, atualmente bolsista da Plataforma Institucional Biodiversidade e Saúde Silvestre, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, RJ.

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Publicado

2021-12-29

Como Citar

Marcia Chame, & Luciana Sianto. (2021). Desastres ecológicos e a saúde: plêiade de ampla magnitude e baixa percepção. Ciência & Trópico, 45(2). https://doi.org/10.33148/cetropicov45n2(2021)art2

Edição

Seção

ARTIGOS