Chagall e os olhos da esperança

ao amigo desconhecido e o êxodo dentro do quadrilátero

Autores

  • Saulo di Tarso Begliomini de Araújo Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e ao Conselho Internacional de Museus (ICOM Brasil) https://orcid.org/0000-0002-5316-2412

DOI:

https://doi.org/10.33148/cetropicov46n1(2022)art1

Resumo

O presente artigo investiga a formação da paisagem transcultural e da paisagem afetiva que emerge a partir da análise da obra de Marc Chagall e o contexto brasileiro, na formação judaica do Brasil, refletindo as relações entre a autobiografia e obra do pintor, através do paralelo entre Vitebsk, aldeia russa onde Chagall nasceu na Bielorrússia, e a vida de judeus convertidos nos arruados nordestinos,  narrando a vida de criptojudeus e a expressão do Cordel, da arte armorial e do frevo. Uma análise crítica da arte moderna que leva em consideração a capacidade que tanto Chagall quanto artistas e pensadores brasileiros como Mario de Andrade, Manuel Bandeira, Anita Malfatti, Cícero Dias, Villa-Lobos Ariano Suassuna, Capiba, Antônio Nóbrega e diversos artistas anônimos e populares da poesia, literatura e do frevo tiveram a capacidade de criar vanguardas a partir da origem local e da não separação entre arte popular e arte erudita, revelando o êxodo judaico como formação essencial da cultura brasileira que une no mesmo patamar criativo a expressão entre Brasil profundo, a arte moderna europeia e expressões como a música judaica contemporânea. O ensaio reflete ainda o engajamento de um grupo de artistas na política permanente da paz e da integração entre diversas culturas, eixo que perfaz tanto a arte brasileira quanto o decurso da vida e obra de Marc Chagall, ambos transformando a tradição em vanguarda ao mesmo tempo em que seus contemporâneos rompiam as tradições para criar as vanguardas do século XX.

Palavras-chave: Marc Chagall. Arte Armorial. Êxodo. Paisagem afetiva. Transculturalismo.

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Biografia do Autor

Saulo di Tarso Begliomini de Araújo, Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e ao Conselho Internacional de Museus (ICOM Brasil)

Artista visual e curador. Em 2018 fundou a Tangram Museologia. Atualmente é ligado a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e ao Conselho Internacional de Museus (ICOM Brasil).

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Publicado

2022-07-08

Como Citar

de Araújo, S. di T. B. (2022). Chagall e os olhos da esperança: ao amigo desconhecido e o êxodo dentro do quadrilátero. Ciência & Trópico, 46(1). https://doi.org/10.33148/cetropicov46n1(2022)art1

Edição

Seção

ARTIGOS