DIFERENCIAÇÃO INSTITUCIONAL NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO E DIMENSÕES DA DESIGUALDADE
DOI:
https://doi.org/10.33148/CES(2169)Resumo
Este artigo se propõe a analisar dois casos empíricos para evidenciar os diferentes sentidos e possíveis impactos do modelo institucional vigente no sistema de ensino superior (SES) brasileiro. Focaliza-se a permanência das clivagens sociais dentro do sistema de ensino superior, através da diversificação institucional. Verifica-se a construção de hierarquias acadêmicas e sociais dentro do processo de expansão diversificada do SES brasileiro. Para isso, são analisados impactos dos perfis ou tipos institucionais (diferenciação qualitativa das instituições) e perfis dos cursos (aqueles que dão acesso às profissões ditas imperiais) nas trajetórias dos estudantes e egressos e na manutenção das desigualdades. São estudados a transição dos egressos do ensino superior para o mercado de trabalho, considerando os efeitos moderadores ou acentuadores do modelo institucional sobre as vantagens da origem social, e os indícios encontrados nos cursos de engenharia sobre as estratégias de fechamento das profissões imperiais. Busca-se entender o quanto a expansão do ensino superior brasileiro alargou suas portas de entrada e o quanto ele se organizou para oferecer (ou não) oportunidades para que as características adiscritas do indivíduo ( gênero e raça, mas principalmente, classe social) não sejam os elementos determinantes do seu destino social
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