“O mundo travesti não é tão diferente”: reflexões sobre discursos, acesso e atendimento aos serviços públicos de saúde das travestis em Balneário Camboriú (SC)
Palabras clave:
Políticas públicas. Diversidade sexual. HomofobiaResumen
Alvo de discriminação e violência desmedida, as travestis pertencem a um dos grupos sociais mais discriminados da sociedade brasileira. Em Balneário Camboriú (SC), há uma população fixa em torno de 30 (trinta) travestis que atuam nas ruas da cidade. A pesquisa, de natureza exploratória, teve como objetivo analisar os discursos institucionais da Associação das Travestis sobre as travestis e o acesso ao atendimento dos serviços municipais públicos a partir da complexidade dos direitos sexuais no campo da saúde coletiva. Os resultados demonstraram que situações permanentes de violência fazem parte do universo investigado, principalmente, as travestis que se prostituem. As experiências do sofrimento e do adoecer fazem com que as mesmas busquem formas de resistência e de organização para melhor enfrentar os problemas relacionados aos processos de exclusão social. Aqui, o papel da Associação das Travestis de Balneário Camboriú/SC é fundamental para garantir o acesso a um atendimento adequado a esta população, além de ser o único ponto de apoio para o início de uma reflexão mais profunda das políticas públicas de saúde para este segmento.
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