COLAPSO NA ACADEMIA? O COMPORTAMENTO DE PÓS-GRADUANDOS EM ADMINISTRAÇÃO E O BURNOUT
Palabras clave:
Síndrome de Burnout, Estresse ocupacional, Pós-graduação.Resumen
O presente estudo considera a síndrome de Burnout como possibilidade na experiência acadêmica de alunos de pós-graduação uma vez que esta atividade se assemelha ao mercado de trabalho. Pretendeu-se compreender comportamentos de mestrandos averiguando-os por meio da incidência das três dimensões do modelo teórico de Maslach. Para isso, foi utilizada uma abordagem qualitativa/interpretativista com entrevistas de roteiro estruturado com estudantes de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade Federal da Paraíba. O instrumento utilizado foi um roteiro estruturado de entrevista, com as perguntas baseadas em cada dimensão descrita no modelo de Maslach. A análise das entrevistas deu-se através do método análise de conteúdo com categorias definidas a piori. Conclui-se que está presente no cotidiano dos estudantes, comportamentos e rotinas com indícios de estresse ocupacional crônico e estratégias de coping. Recomendamos atenção da academia aos resultados do estudo, a partir do momento em que se apontam comportamentos de risco, que sugerem uma evolução para experiência de Burnout, dado que níveis altos em duas das três dimensões da síndrome foram identificados.Descargas
Citas
ABREU, K. L.; STOLL, I.; RAMOS, L. R.; BAUMGARDT, R. A.; KRISTENSEN, C. H. Estresseocupacional e Síndrome de Burnout no exercício profissional da psicologia. Psicol. cienc. prof.,v. 13, n. 1, 2002.
ALCADIPANI, Rafael. Resistir ao produtivismo: uma ode à perturbação acadêmica.Cadernos Ebape. br, v. 9, n. 4, 2011.
ALVES, Giovanni. A condição de proletariedade: a precariedade do trabalho no capitalismo global. São Paulo: Editora Práxis, 2009.
AMORIM, H. O trabalho imaterial em discussão: teoria e política. Caderno CRH, v. 27, n. 70, p. 9-12, 2014.
ANTUNES, R.Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 3. ed. São Paulo: Boitempo, 2000.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa. Edições 70, 2004.
CARLOTTO, M. S. A síndrome de Burnout e o trabalho docente. Psicologia em Estudo, v. 1, n. 7, p. 21-29, 2002.
CARMO, P. S. A ideologia do trabalho. São Paulo: Moderna, 1992.
CIAMPA, A. C. Identidade. In: S. T. M. LANE; W. CODO (Orgs.). Psicologia Social: o homem em movimento. 13. ed. São Paulo: Brasiliense, 1999. p.58-75.
CHAVES E. G. Stress e trabalho do enfermeiro: a influência de características individuais no ajustamento e tolerância ao turno noturno. Tese de Doutorado [163 p.]. Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 1994.
CODO, W.; SAMPAIO, J. J.; HITOMI, A. Trabalho, indivíduo e sofrimento. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1995.
COOPER, C. L.; SLOAN, S.J.; WILLIANS, S. Occupational stress indicator management guide. Great Britain:Thorbay Press, 1988.
DEWEY, J. Democracia e educação. Tradução de Godofredo Rangel e Anísio Teixeira. 3. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1959.
DETONI, A. G. R. O direito à privacidade dos trabalhadores na era da Sociedade da Informação. Dissertação de Mestrado [126 p.]. Universidade Federal de Sergipe: São Cristóvão. Sergipe: UFSSC, 2017.
DIAS, A. S. et. al. Doenças ocupacionais: o sofrimento nas relações de trabalho. Salão do Conhecimento, v. 3, n. 3, 2017.
ENGLAND, G. W.; WHITELEY, W. T. Cross-national meanings of working. In: BRIEF, A. P.; NORD, W. R.(Orgs.). Meanings of occupational work. Toronto. Lexington Books, 1990. p. 65-106.
ESCOBAR, M. A. R.; VERDINELLI, M. A. Percepção do discente sobre produtividade científica em um programa de pós-graduação stricto sensu. Colóquio Internacional sobre Gestión Universitária en América del Sur, 10., 2010, Mar del Palta. Anais… Mar del Plata, 2010.
FARIA, José Henrique de; KANASHIRO MENEGHETTI, Francis. Burocracia como organização, poder e controle. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 51, n. 5, 2011.
FREDU, S.Tipos de desencadeamento da neurose. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Orgs.). Rio de janeiro: Imago, 1969 A.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo. Atlas, 1999.
GRISCI, C. L. I.; CARDOSO, J. Experimentação do tempo e estilo de vida em contexto de trabalho imaterial. Cadernos EBAPE. BR, v. 12, n. 4, p. 851-865, 2014.
HARRISON, B.J. Are you to burn out? Fund Raising Management,v. 30, n. 3, p. 25-28, 1999.
LOBATO, C. R. P. S.O significado do trabalho para o adulto jovem no mundo do provisório. Revista de Psicologia da UNC, v. 2, p.44-53, 2004.
MASLACH, C. Entendendo o Burnout. In: ROSSI, A. M.; PERREWÉ, P. L.; SAUTER, S. L. (Orgs.). Stress e qualidade de vida no trabalho. São Paulo.Atlas, 2005. p. 41-55.
MASLACH, C.; JACKSON, S.The measurement of experienced Burnout. Journal of Occupational Behaviour, v. 2, p. 99-113, 1981.
MENEGHINI, F.; PAZ, A. A.; LAUTERT, T. Fatores ocupacionais associados aos componentes da Síndrome de Burnout.Texto Contexto Enferm, v. 20, n. 2, p. 225-33, 2011.
MIQUELIM, J. D. L.; CARVALHO, C. B. O.; GIR, E.; PELÁ, N.T. R. Estresse nos profissionais de enfermagem que atuam em uma unidade de pacientes portadores de HIV-AIDS DST. J Bras Doenças Sex Transm, v. 16, n. 3, p. 24-31, 2004.
MOORE, K. A.; COOPER, C.L. Stress in mental health professionals: a theoretical overview. International Journal of Social Psychiatry, v. 42, p. 82-89, 1996.
MORAES, Fernando Tadeu. Suicídio de doutorando da USP levanta questões sobre saúde mental na pós. Jornal Folha de São Paulo em 27 out. 2017.
MOREIRA, D. S., MAGNACO, R. F., SAKAE, T. M.,; MAGAJEWSKI, F. R. L. Prevalência da síndrome de Burnout em trabalhadores de enfermagem de um hospital de grande porte da Região Sul do Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 7, n. 25, p.1559-1568, 2009.
MORIN, E. M. Os sentidos do trabalho. ERA, v.41, n. 3, 2001.
MUROFUSE, N. T.; ABRANCHES, S. S.; NAPOLEÃO, A. A.Reflexões sobre estresse e Burnoutea relação com a enfermagem.Rev Latino-am Enfermagem, v. 2, n. 13,p. 255-261, 2005.
NOGUEIRA, C. S. A loucura interroga a gestão: subjetividade e saúde mental na era do trabalho imaterial. Dissertação de Mestrado. Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Institucional, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Rio Grande do Sul: UFRGS, 2014.
PAIVA, K. C. M.,; COUTO, J. H. Qualidade de vida e estresse gerencial "pós-choque de gestão": o caso da Copasa-MG. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, v. 42, n. 6. p. 1189-1211, 2008.
PAIVA, K. C. M., DUTRA, M. R. S., BARROS, V. R. F.; SANTOS, A. O.Estresse Ocupacional e Burnou de jovens trabalhadores. In: Encontro da Anpad, 37., 2013, Rio de Janeiro. Anais… Rio de Janeiro, 2013.
PRADO, E. F. S.; PINTO, J. P. G. Subsunção do trabalho imaterial ao capital. Caderno CRH, v. 27, n. 70p. 61-74, 2014.
RAMOS, Alberto Guerreiro. A nova ciência das organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: FGV, 1981.
ROAZZI, A.; CARVALHO, A. D.; GUIMARÃES, P.V. Análise da estrutura de similaridade da síndrome de Burnout: Validação da escala Maslach Burnout Inventory em professores. In: Encontro Mineiro de Avaliação Psicológica: Teoria e prática, 5., 2000, Belo Horizonte. Conferência Internacional de Avaliação Psicológica: Formas e Contexto, 8. 2000, Belo Horizonte. Anais... PUC: Belo Horizonte, 2000.
ROSENFIELD, Cinara L.; ALVES, Daniela Alves de. Autonomia e Trabalho Informacional: O Teletrabalho. Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, v. 54, n. 1, p. 207-233, 2011.
SCHWARTZMANN, L. Estrés laboral, síndrome de desgaste (quemado), depresión: ¿estamos hablando de lo mismo? Cienc Trab, v. 6, p. 174-84, 2004.
SOUZA, W.C.;Silva, A. M. Monteiro da.Preditores do Burnout em profissionais de saúde. Rev. Estudos de Psicologia, v. 19, n.1, p. 37-48, 2002.
SPINELLI-DE-SÁ, J. G.; LEMOS, A. H. C. Sentido do Trabalho: Análise da Produção Científica Brasileira. Revista ADM. MADE, v. 21, n. 3, p. 21-39, 2018.
TAMAYO, Á.Valores organizacionais. In: S. M. M. M. (cols.) Medidas do Comportamento Organizacional: ferramentas de diagnóstico e de Gestão. Porto Alegre: Artmed, 2008. p.309-340.
ULLRICH, A;FITZGERALD, P. Stress experienced by physicians and nurses in the cancer ward. Social Science and Medicine,v. 31, p. 1013-1022, 1990.
VALADARES, Josiel Lopes et. al.. ‘Afinal, Você Também Trabalha?’Reflexões Sobre o 'Não Trabalho' no Ambiente da Pós-Graduação em Administração.TPA-Teoria e Prática em Administração, v. 4, n. 2, p. 206-233, 2015.
VERGARA, S. C. Projetos e relatórios de pesquisa em administração. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2005.
WEBER, M. A ética protestante e o espírito do capitalismo. São Paulo: Companhia das letras, 2004.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Autor, concedendo à revista o direito de primeira publicação
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém e retém os direitos autorais. Os mesmos concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.