DA FEIRA DE RUA AO MODA CENTER SANTA CRUZ: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO HÍBRIDO E A PERCEPÇÃO DOS ATORES LOCAIS

Autores/as

  • Luísa Juventino do Nascimento
  • Elisabeth Cavalcante dos Santos Centro Acadêmico do Agreste/ Universidade Federal de Pernambuco

Palabras clave:

Moda Center Santa Cruz, Feira de rua, Tradicional, Moderno, Hibridismo.

Resumen

A cidade de Santa Cruz do Capibaribe, também conhecida como A Capital da Sulanca, está entre as três cidades mais expressivas do Polo de Confecções do Agreste de Pernambuco. Durante décadas a cidade contou com uma feira de rua popular, na qual seus habitantes comercializavam as confecções em bancos de feiras improvisados, que ocupavam várias ruas da cidade. A partir do ano 2000, houve uma mudança significativa nessa comercialização, com a inauguração do Moda Center Santa Cruz, um grande centro atacadista de confecções. Neste trabalho buscamos compreender a percepção dos atores locais sobre a transição da feira de rua de Santa Cruz do Capibaribe para o Moda Center Santa Cruz, caracterizando os elementos modernos e tradicionais que compõem este espaço híbrido. Para alcançar os objetivos deste estudo, foi realizada uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, com entrevistas individuais semiestruturadas, sendo realizadas 11 (onze) entrevistas no total. Como elementos modernos desse espaço híbrido, foi possível observar os incrementos na infraestrutura da feira, a busca por melhor atendimento ao cliente e por qualidade dos produtos, o uso de tecnologias para divulgar produtos e ampliar cartela de clientes, necessidade de uso do documento cheque, em vez do caderno etc. Como principais elementos tradicionais identificados, percebemos a aprendizagem oral entre gerações, os laços de amizade existentes entre os donos de boxes, e a importância atribuída à confiança nas relações sociais. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Luísa Juventino do Nascimento

Graduada em Administração pelo CAA/UFPE.

Elisabeth Cavalcante dos Santos, Centro Acadêmico do Agreste/ Universidade Federal de Pernambuco

Professora do Núcleo de Gestão do CAA/UFPE; Pesquisadora do Grupo de Estudos e Intervenções do Agreste (GEIA); Doutora em Administração pelo PPGA/UFPB.

Citas

ALMEIDA-PEREIRA, A. M. (2017) Informalidade do Trabalho em Lavanderias de Jeans do Agreste Pernambucano. Palestra proferida no dia 25.05.2017. Caruaru.

BARDIN, L. (2011) Análise de Conteúdo. São Paulo: Edições 70.

BURNETT, A. (2014). O “ponto de mutação” da Sulanca no Agreste de Pernambuco. História Oral, v.17, n.2, p. 153-171.

CAMPELLO, G. M. C. (1983) A atividade de confecções e a produção do espaço em Santa Cruz do Capibaribe. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no curso de Mestrado em Geografia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

CANCLINI, N. G. (2013) Culturas híbridas: Estratégias para entrar e sair da modernidade. 4. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo.

COSTA, F. M. (2012). Trabalho e qualificação profissional no arranjo produtivo local de confecções do Agreste de Pernambuco: a experiência de Toritama. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no curso de Mestrado em Serviço Social, Programa de Pós-graduação em Serviço Social, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

HELAL, D. H. (2015). Mérito, Reprodução Social e Estratificação Social: apontamentos e contribuições para os estudos organizacionais. Organizações & Sociedade. Salvador, v. 22, n. 73, p. 251-267.

GIL, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas.

LIRA, S. (2011). Muito além das feiras da sulanca: a produção de confecções no Agreste-PE. Recife: Ed. Universitária da UFPE.

OLIVEIRA, M. M. (2014). Como fazer pesquisa qualitativa. 6 ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes.

PEREIRA, E.; VÉRAS DE OLIVEIRA, R. (2013). Modos de atuação do SENAI no Polo de Confecções de Pernambuco: mudanças recentes e implicações recíprocas. In: VÉRAS DE OLIVEIRA, R.; SANTANA, M. A. (orgs.) Trabalho em territórios produtivos reconfigurados no Brasil. João Pessoa: Editora da UFPB.

SÁ, M. G. (2011). Feirantes. Quem são e como administram seus negócios. Recife: Editora Universitária da UFPE.

SÁ, M. G. (2015). Os filhos da feira e o campo de negócios agreste. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no curso de Doutorado em Sociologia, Universidade do Minho, Braga.

SANTOS, E. C. (2016). Práticas e relações de trabalho da cultura popular no agreste pernambucano: entre o moderno e o tradicional. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no curso de Doutorado em Administração, Programa de Pós Graduação em Administração, Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa.

SEBRAE. (2013). Estudo econômico do arranjo produtivo local de confecções do Agreste pernambucano, 2012. Relatório Final. Recife. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/Estudo%20Economico%20do%20APL%20de%20Confeccoes%20do%20Agreste%20%20%2007%20de%20MAIO%202013%20%20docx.pdf. Acesso em 12/11/2017.

SEBRAE. (2003). Estudo de caracterização econômica do polo de confecções do agreste pernambucano. Relatório final. Recife. Disponível em: https://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/Anexos/poloconfec2003.pdf. Acesso em 12/11/2017.

SOUZA, J. (2000). A modernização seletiva: uma reinterpretação do dilema brasileiro. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

XAVIER, M. G. P. (2006). O processo de produção do espaço urbano em economia retardatária: a aglomeração produtiva de Santa Cruz do Capibaribe. Trabalho apresentado como requisito parcial para aprovação no curso de Doutorado em Desenvolvimento Urbano, Universidade Federal de Pernambuco, Recife.

WEBER, M. (2014). Economia e Sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. 4ª ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

Publicado

2018-02-01

Cómo citar

do Nascimento, L. J., & dos Santos, E. C. (2018). DA FEIRA DE RUA AO MODA CENTER SANTA CRUZ: A CONSTRUÇÃO DE UM ESPAÇO HÍBRIDO E A PERCEPÇÃO DOS ATORES LOCAIS. Cadernos De Estudos Sociais, 32(1), 86–114. Recuperado a partir de https://fundaj.emnuvens.com.br/CAD/article/view/1712

Número

Sección

Artigos - Temas livres (CHAMADA REGULAR)