QUANDO AS CRIANÇAS SE TORNAM ALUNOS: (RE) PENSANDO OS SUJEITOS DA EDUCAÇÃO NAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE) ANOS

Autores

  • Juliana Alves De Andrade Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE
  • Humberto Da Silva Miranda Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE

Palavras-chave:

Criança, Aluno, Diretrizes Curriculares, Estado

Resumo

Este artigo tem o objetivo de analisar o processo de transformação das crianças e adolescentes em alunos a partir de conjunto de práticas, ideias, dispositivos legais e normas formuladas pelo Estado brasileiro para orientar o planejamento, a articulação, o desenvolvimento e a avaliação das propostas pedagógicas da rede nacional de educação básica. Para tal, buscamos problematizar as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos e a ideia de infância utilizada pelo documento para pensar o ensino e aprendizagem dos alunos no espaço escolar. Nesse sentido, utilizaremos como fonte a Constituição Federal, a LDB, as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica-DCN’s, o PARECER CNE/CEB Nº 7/2010, o Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. E a partir da perspectiva da análise documental, buscaremos elucidar as implicações do debate as culturas infantis no processo de construção dos sujeitos “categorizados” como alunos, procurando refletir como a ideia de criança e de adolescente foi (re)apropriada no discurso produzido pelo Estado, que por sua buscou construir “outra” diretriz para educação, produzindo a ideia de aluno universal. Nossa intenção é explicar como as estratégias pedagógicas de organização do tempo-espaço da escolarização de crianças e adolescentes estabelecidas pelas diretrizes curriculares nacionais se aproximam de uma perspectiva clássica do conceito de infância, e se distanciam dos debates contemporâneos sobre as infâncias. Diante das demandas sociais, políticas e civis estabelecidas pelo povo brasileira em busca de um projeto de educação mais inclusiva, o Estado buscou (re)pensar as diretrizes da educação básica, a partir de importantes marcos legais, e como essa leitura do Estado contribuiu para a continuidade ou mudança na forma de compreender o currículo,  a escola, o ensino, a aprendizagem, os professores, os gestores e os alunos. 

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Biografia do Autor

Juliana Alves De Andrade, Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE

Doutora em História pela UFPE. Professora Adjunta da Área de Métodos de Ensino e do Programa de Pós-Graduação (Mestrado Profissional em Ensino de História-UFPE/UFRPE). Atualmente, coordena o Núcleo de Estudos e Pesquisas História, Educação e Culturas-NEPHECs, onde desenvolve desde 2014 projetos de Pesquisas, financiado pelo CNPQ/PIBIC na área da Aprendizagem Histórica de crianças e adolescentes.

Humberto Da Silva Miranda, Universidade Federal Rural de Pernambuco-UFRPE

Doutor em História pela UFPE. Professor Adjunto da Área de Fundamentos, Política e Gestão da Educação na UFRPE. Coordenador do Programa “Escola de Conselhos de Pernambuco”, onde desenvolve projetos de Pesquisa e Extensão, acerca dos direitos das crianças e adolescentes, atuando na liderança do Laboratório de História das Infâncias do Nordeste, integrante do Núcleo de Estudos e Pesquisas História, Educação e Culturas-NEPHECs.

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Publicado

04/06/2018

Como Citar

De Andrade, J. A., & Miranda, H. D. S. (2018). QUANDO AS CRIANÇAS SE TORNAM ALUNOS: (RE) PENSANDO OS SUJEITOS DA EDUCAÇÃO NAS DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 (NOVE) ANOS. Cadernos De Estudos Sociais, 32(2), 103–124. Recuperado de https://fundaj.emnuvens.com.br/CAD/article/view/1716

Edição

Seção

Artigos - Dossiê Temático - Infância, Educação e Sociedade