Style Manuelin et Spätgotik: les critiques du symbolism maritime. (Estilo Manuelino e spätgotik: os críticos do simbolismo marítimo)

Autores

  • Paul Antoine Evin

Resumo

RESUMO Denuncia-se, aqui, o equívoco que induziu o século XIX a apropriar-se do estilo dos primeiros vinte anos do reinado de D. Manuel I de Portugal, para, ostensivamente, descobrir na sua linguagem decorativa, um simbolismo marítimo, O equivoco partiu de um erro de perspectiva e perdurou, de modo surpreendente, até os nossos dias, muitas vezes, através de penas ditas avalisadas. Basta, portanto, encarar o estilo manuelino, no contexto artístico do seu tempo, para se encontrar, espalhados por toda a Europa, símbolos decorativos idênticos. O “Spätgotik”, que tem suas origens na Europa Central, propagou-se profusamente. A singu¬laridade que emerge do “Spätgotik” é a de se opor ao flamejante dissecamento da decoração e surgir como um rebento. Esta inovação resistiu por vinte anos à expansão do Renascimento em Portugal, ou melhor, ela antecipou o futuro – a arte barroca –. O ‘ASTWERK” deste “Spätgotik” que se ramifica na ornamentação, especialmente na Espanha e Portugal, produziu uma obra-prima – a janela do convento da Ordem de Cristo em Tomar. O autor, baseado nestas observações, responde pois, embora que negativamente, à questão que ele se coloca desde 1949. É absolutamente necessário, ver um simbolismo marítimo no estilo manuelino? Desta vez, em seu trabalho de desmitificação, ele enfatiza a contribuição mais ou menos livre, dos historiadores da arte, hoje desaparecidos e pouco conformistas; Joaquim de Vasconcelos, Eugênio d’Ors, José de Figueredo, João Barreias, Mário Chico. Neste momento, em Portugual, com a ajuda do professor Pedro Dias, está-se tentando dar ao estilo manuelino a sua qualidade de obra de arte que por si só basta para seu prestígio. Entretanto, o professor Mendes Atanásio e seus discípulos organizaram um seminário, sobre arte manuelina, na Faculdade de Letras de Lisboa e escreveram ao autor, para obter uma bibliografia e fotocópias de seus trabalhos. ABSTRACT “Manuelino” and “Spätgotik” style: the criticism of maritime symbolism. v. 13, n. 2, p. 195-215, jul./dez. 1985. The mistake which led the XIX th century to appropriate itself of the style of the twentieth first years of D. Manuel’s kingdom in Portugal, in order to discover the maritime symbolism in its decorative language, is denounced here. The mistake began with the error of perspective and lasted in a surprising way, until nowadays many times, through guaranted difficulties. Therefore it is enough to face the “Manuelino” style, in the artistic context of its time in order to find alike decorative symbols spreaded all over Europe. The “Spätgotik” which is originated from central Europe, was widely spreaded. The eccentricity which comes from the “Spätgotik” is that one of opposing to the dissection of the decoration and to appear as a sprout. This innovation resisted during twenty years the Renascence’s expansion in Portugal, that is, it anticipated the future – the baroque art. The “ASTWERK” of this “Spätgotik” that is extended, especially in Spain and Portugal, originated a master-piece – the Cloister’s windows of Ordem de Cristo in Tomar. The author based on these observations aswers although negatively the question which he thinks about it since 1946. It is absolutely necessary to see a maritime symbolism in the “Manueline” style? This time in his work of clearing up the subject, he emphasizes the contribution more or less free one, of the art Historian, who disappeared form nowadays; Joaquim Vasconcelos, Eugenio d’Ors, José de Figueiredo, João Barreira, Mário Chico. By Pedro Dias’ influence nowadays in Portugal, the quality of work of art, has been given to the “Manuelino” style. However, Mendes Atanásio and his followers organized a seminar about the “Manueline” art, in the University of Letters in Lisbon and they wrote to the author, in order to obtain bibliography and photocopies of its works. RÉSUMÉ Style Manuelin et Spätigotik: les critiques du symbolisme maritime. v. 13, n. 2, p. 195-215, jul./dez. 1985. On dénonce ici une erreur qui a mené le XIXe siècle à s’emparer du style des vingt premières années du règne de D. Manuel I du Portugal, pour découvrir abusivement, dans son langage décoratif un symbolisme maritime. L’équivoque est né d’une erreur de perspective et s’est prolongé de façon surprenante jusqu’à nos jours. Il suffit donc de prendre le style manuélin dans le contexte artistique de son temps, pour répérer dans toute l‘Europe, des symboles décoratifs identiques. Le “Spätgotik” qui a ses racines en Europe Centrale, s‘est largement répandu. La singularité qui émerge du Spätgotik tardif, est de s’opposer au dessechement de la décoration et d’apparaître comme un renouvellement. Cette nouveauté a résisté vingt ans à l’expansion de la Renaissance au Portugal. ElIe a même préfiguré l’avenir: l’art baroque. L “ASTWERK” de ce “Spätgotik” pénètre particulièrement en Espagne et au Portugal, et produit un chef d’oeuvre, la fenêtre du couvent de l’Ordre du Christ à Tomar. L’auteur basé sur ces observations répond donc, bien que négativemente, à la question qu’il va poser despuis 1949; “Faut-il voir un symbolisme maritime dans la décoration manuéline?”. Il s’attache, cette fois à souligner la contribution plus ou moins libre des historiens de l’art aujourd’hui disparus et peu conformistes tels que Joaquim de Vasconcelos, Eugenio d’Ors, José de Figueiredo, João Barreira, Mário Chicó. Au Portugal même, en ce moment, grâce aux études de Pedro Dias on est en train de rendre au style manuélin sa qualité d’oeuvre d’art. Cependant, le Professeur Mendes Atanásio et ses éleves organisent à la Faculté des Lettres de Lisbonne un séminaire sur l’art manuelin, et ont écrit à l’auteur pour lui demander une bibliographie et des photocopies de ses travaux.

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Como Citar

Evin, P. A. (2011). Style Manuelin et Spätgotik: les critiques du symbolism maritime. (Estilo Manuelino e spätgotik: os críticos do simbolismo marítimo). Ciência & Trópico, 13(2). Recuperado de https://fundaj.emnuvens.com.br/CIC/article/view/380

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ARTIGOS