O exílio, a memória da infância e os traços do colonialismo no romance de Albert Camus: O primeiro homem
DOI:
https://doi.org/10.33148/CETROPICOv47n1(2023)art5Resumo
No romance O primeiro homem, uma ficção autobiográfica do escritor Albert Camus o leitor, por meio das memórias do personagem e protagonista Jacques Cormery, é conduzido à realidade das famílias que viviam na periferia da cidade de Argel (capital da ex-colônia francesa). Nessa obra ambientada na Argélia, sob o domínio colonial francês, Camus aborda a vida das crianças, filhas de colonos que não conheceram seus pais. Homens que, convocados para lutar pela França na Primeira Guerra Mundial, morreram por ela e seus corpos não foram repatriados. Jacques Cormery, cuja família era residente na periferia de Argel, foi uma criança que saiu para o mundo graças ao seu professor; quarenta anos depois, visita o túmulo de seu pai no cemitério de Saint-Brieuc e revela todo seu estranhamento diante da lápide. Pensa em todos os corpos dos combatentes “pés negros”, árabes e berberes que estão ali, enterrados ao lado do seu progenitor. E reflete sobre a pobreza e a xenofobia nas relações sociais.
Palavras-chave: Sociologia da literatura. Colonialismo. Memória.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Antônio Carlos Lopes Petean
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.