As mulheres de Fernando

Uma leitura do cotidiano feminino no presídio de Fernando de Noronha (1850-1888).

Autores

  • Roberta Silva 81995161350

DOI:

https://doi.org/10.33148/cetropicov45n1(2021)art10

Resumo

Ao nos deslocarmos para Fernando de Noronha no período oitocentista, nos vemos em uma ilha - presídio, em que são ausentes certos elementos de controle, tais como celas, algemas e muros. Militares e sentenciados conviviam nas mesmas condições, existindo em alguns casos laços de amizades, que propiciavam regalias a alguns sentenciados dispostos a ajudar na vigilância de outros presos. As mulheres encontravam-se inseridas nesse contexto, mas se enquadraram em certa invisibilidade perceptível nos rastros deixados nos tantos ofícios trocados entre a administração de Pernambuco e o presídio, tornando assim os significados dessa presença misteriosa. Viviam, em alguns casos, como além daqueles paredões de água salgada, inseridas num modelo patriarcal de sociedade, ou seja, no universo do mundo privado, ocupadas com o trabalho doméstico e no cuidado com seus maridos e filhos. Contudo, seus poderes dentro do presídio eram demais significantes, para encerrá-las dentro de alguns papéis e costumes secularmente estabelecidos. Assim, através de leituras e interpretações de fontes primárias e secundárias, este artigo tem como objetivo realizar uma análise do cotidiano das mulheres no presídio de Fernando de Noronha no período imperial, dentro de uma perspectiva de gênero, procurando apresentar de maneira clara e objetiva as especificidades dessa realidade histórica, bem como a relevância da presença feminina nesse universo carcerário, em que suas artes do fazer humanizaram as relações sociais e o cotidiano desse presídio. 

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Biografia do Autor

Roberta Silva, 81995161350

Roberta Duarte é uma pernambucana apaixonada por educação, criatividade e inovação. Possui graduação e mestrado em História do Brasil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e uma especialização em gestão educacional pela Faculdade Frassinetti do Recife (FAFIRE). Desde o período da graduação desenvolve pesquisas ligadas a História do Brasil, História das mulheres e Patrimônio, além da gestão de projetos nas áreas de Educação Tecnológica e Robótica Educacional, auxiliando Instituições de Ensino da rede pública e particular das regiões Norte e Nordeste brasileiras na integração de novas tecnologias e metodologias ao processo de ensino em aprendizagem. Atualmente trabalha como professora de História para alunos do Ensino Fundamental Anos Finais pela Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes e na formação de professores nas áreas de História, Patrimônio, Aprendizagem Criativa, Cultura Maker, Pensamento Computacional e Educação 4.0. Acredita que uma educação inovadora e significativa se faz através de afetividade, criatividade e diálogo.

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Publicado

2021-07-16

Como Citar

Silva, R. (2021). As mulheres de Fernando: Uma leitura do cotidiano feminino no presídio de Fernando de Noronha (1850-1888). Ciência & Trópico, 45(1). https://doi.org/10.33148/cetropicov45n1(2021)art10

Edição

Seção

ARTIGOS