A mídia impressa e a construção narrativa sobre a AIDS no Brasil no final do século XX: Uma relação perigosa
DOI:
https://doi.org/10.33148/cetropicov44n1(2020)art7Resumo
O Brasil é caracterizado como um país de ampla diversidade e com uma população heterogênea. Diariamente, as pessoas tidas como diferentes são desrespeitadas em casa, no trabalho, nas escolas, nos espaços de sociabilidade e, nos últimos anos, pelo governo federal. No dia 05 de fevereiro de 2020 a falta de empatia foi com portadores do vírus HIV, tidos meramente como despesa para a sociedade e para o governo. O discurso não só desrespeitou os Direitos Humanos e dos Cidadãos como reforçou uma construção discursiva implantada no início da década de 1980, onde associava-se os infectados a doentes e a enfermidade a homossexualidade. Essas notícias eram veiculadas pela grande mídia do país e construíam uma identidade errônea da doença, causavam a desinformação e, principalmente, disseminavam o preconceito, as diferenças e a morte através de suicídios. Faremos, dessa forma, uma análise das reportagens que veicularam notícias sobre o HIV e a AIDS em revistas de circulação nacional, pontuando a construção discursiva problemática que ocasionou a construção das diferenças e impulsionou o preconceito para com os soropositivos comparando ao pensamento atual repercutido pelas autoridades do governo.
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